A Terra, organismos vivos


A intervenção do homem na degradação dos solos/desertificação

25-05-2013 18:48

 

    O solo é a superfície das terras emersas, ou seja, uma fina camada de terra movediça que cobre grande parte dos continentes. O solo é uma película frágil da qual está sujeita a produção alimentar que sustenta os seres vivos. 
 
    Calcula-se que, em resultado das atividades humanas, 10% da superfície terrestre tenha sido transformada de floresta e solo fértil em deserto e mais de 25% das terras agrícolas correm o risco de ter o mesmo destino. 
 
    O processo de desertificação é normal e natural em algumas áreas do planeta. Porém, tem sido amplificado pelo homem e é atualmente um dos problemas ambientais mais graves à escala planetária, com drásticas implicações a nível social e económico.
 
 
    A pressão da produção de alimentos através da agricultura e da agropecuária, em terras semiáridas, acelera o processo de desertificação e a expansão dos desertos.
 

 

    Portugal, também é atingido pela desertificação, especialmente no interior sul do país, onde o solo apresenta uma elevada degradação que tem como causa/consequência o aumento do despovoamento.
 

 

    Apesar da gravidade do fenómeno, a desertificação não é um tema mediático, dado que não é muito visível e que os seus efeitos não são só sentidos a médio/longo prazo. Contudo, a tomada de consciência do problema vai crescendo, especialmente pelas implicações económicas e sociais que vão surgindo: falta de água, despovoamento, agravamento da pobreza, etc..

    O controlo da expansão da desertificação passará por: aplicação controlada de fertilizantes; mobilizações pouco profundas do solo; diversificação das culturas; diminuição das queimadas; evitamento do corte e abate de árvores; sensibilização da população para a problemáticas, entre outras.
 
    Para combater a desertificação, foi criado o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PANCD), que tem cinco objetivos estratégicos: conservação do dolo e da água; fixação da população nas zonas rurais; recuperação das áreas mais afetadas pela desertificação; sensibilização da população para a problemática da desertificação; consideração das lutas contra a desertificação nas políticas gerais e setoriais.
 
 

 

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